Rafael Cortez explica saída do Vídeo Show: 'quero trabalhar no núcleo de humor da Globo'

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2018 13h59
Johnny Drum/Jovem Pan Humorista divulgou lançamento de livro no programa desta sexta-feira (10)

Rafael Cortez deixou o Vídeo Show inesperadamente em dezembro do ano passado quando o programa passou por uma grande repaginada (com a substituição até mesmo do apresentador Otaviano Costa pelas ex-BBBs Ana Clara Lima, Vivian Amorim e Fernanda Keulla) – mudança que causou uma série de especulações entre o público. Em entrevista ao Pânico nesta sexta-feira (10), o ator e comediante explicou em detalhes o que motivou sua decisão. E não foi nenhum tipo de desentendimento com a equipe.

“Meu contrato estava acabando. Sentei e perguntei se eles tinham a intenção de renovar, disseram que sim, para o Vídeo Show. Falei que eu queria fazer outras coisas. Ainda quero. Quero muito trabalhar no núcleo de comédia da Globo. Quero trabalhar com Marcius Melhem, Mauricio Farias, Guel Arraes. O núcleo estava muito bom, tinha coisas legais acontecendo, como o Tá no Ar do Adnet. Aí foi consensual, eles acharam pertinente, mas não eram do núcleo, então me deixaram por obra. Agora faço por obra. Fiz o Cine Hollywood, no segundo semestre vou fazer outra coisa. Só não tenho mais vínculo com o Vídeo Show. Não tenho plano de saúde da empresa (risos). Nunca tive, meu contrato sempre foi de curto prazo”, declarou,  elogiando a atração em seguida.

“Mas eu adorava o programa. Eles me botaram muito no Mercadão de Madureira, no Largo da Batata. Sinto mais saudades de fazer ‘povo’. Ir ao Viaduto do Chá, à Avenida Paulista. Eles entenderam que eu era mais povão. Foi muito legal. O programa é uma super porta de entrada na emissora. Eu nunca tinha trabalhado lá, fiquei 8 anos entre a Band e a Record e nunca havia pisado no Projac. Na primeira contratação já tinha livre acesso a todos os lugares”, completou.

Cortez esteve na bancada para divulgar o lançamento de seu novo livro, Memórias de Zarabatanas. De acordo com ele, trata-se de uma reunião de poemas e crônicas escritas entre 2013 e 2018 que, a pedido da editora, foram organizados com um caráter biográfico.

“Não é comédia. Tenho lados que ninguém conhece, esse é um deles (…). Na minha infância eu fazia desenhos. Revista em quadrinhos. Fiz um jornalzinho no colégio. Era um jovem cheio de vontade de fazer arte. Fiz backstage de teatro, circo, TV. Não me lançava como artista por medo de morrer de fome. Temos artistas bem duros na família. O livro fala da história de um moleque que sonhava em ser um artista e um dia virou a custo de frustração, fracasso… É a história verídica de um cara que se fudeu e está tentando até hoje”, definiu.

O livro será lançado neste sábado (11) às 18h no Espaço Suzano da Bienal de São Paulo. Ele também segue apresentando shows de stand-up pelo Brasil e gravando vídeos para o canal Love Treta. A agenda completa pode ser vista em seu site oficial.

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